quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

RECONSTRUÇÃO

Momento estranho!

Todas as respostas que julguei ter já não explicam minhas inquietações. Descobri que todas as minhas convicções estavam ligadas e dependentes do meu equilibrio emocional e que minha segurança racional apenas me permite ter ações de efeito imediato, rápidas e cirúrgicas para que se tenha mais tempo para se viver a solidão.


Meu desinteresse em coisas consecutivas, toma uma dimensão inesperada e me vejo vivendo um momento em que minhas respostas já não me satisfazem. Cada novo movimento, parece ter um significado desconhecido. Perdi o equilíbrio e tenho sentido uma tendência enorme para viver um lado depressivo que nunca imaginei.


Descubro que o amor é eterno exatamente como disse o poeta e que as lembranças de coisas vividas por amor, ficam mais intensas na solidão. 


Me deparo com estrada nova e os passos que preciso dar, embora lentos, vão me levando por caminhos que desconhecia. Cicatrizes vão se formando e incontinente, o tempo realmente provoca a cura. 


Estou me reconstruindo e cada novo movimento vai fortalecendo o próximo passo. Os olhos que antes fechavam marejados, já passam mais tempo procurando pontos perdidos no horizonte. Conscientemente já não abro cicatrizes procurando uma gota a mais de dor e sofrimento. Deixo-as quietas para criarem rigidez em suas cascas.


Edson Luiz de Mello Borges


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

“O vento é sempre o mesmo mas sua resposta é diferente em cada folha. Somente a árvore seca fica imóvel entre borboletas e pássaros”.

Cecília Meireles