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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
VIDA E OBRA DE CLARICE LISPECTOR
Clarice Lispector (1920-1977) foi escritora e jornalista brasileira. "A Hora da Estrela" foi seu último romance, publicado em vida.
Clarice Lispector nasceu em Tchetchelnik na Ucrânia, no dia 10 de dezembro de 1920. Filha de família de origem judaica, Pinkouss e Mania Lispector. Sua família veio para o Brasil em março de 1922, para a cidade de Maceió, Alagoas, onde morava Zaina, irmã de sua mãe. Nascida Haia Pinkhasovna Lispector, por iniciativa do seu pai, todos mudam de nome, e Haia passa a se chamar Clarice.
Em 1925 mudam-se para a cidade de Recife onde Clarice passa sua infância no Bairro da Boa Vista. Aprendeu a ler e escrever muito nova. Estudou inglês e francês e cresceu ouvindo o idioma dos seus pais o iídiche. Com 9 anos fica órfã de mãe. Em 1931 ingressa no Ginásio Pernambucano, o melhor colégio público da cidade.
Em 1937 muda-se com a família para o Rio de Janeiro, indo morar no Bairro da Tijuca. Ingressa no Colégio Silva Jardim, onde era frequentadora assídua da biblioteca. Ingressa no curso de Direito. Com 19 anos publica seu primeiro conto "Triunfo" no semanário Pan. Em 1943 forma-se em Direito e casa-se com o amigo de turma Maury Gurgel Valente. Nesse mesmo ano estreou na literatura com o romance "Perto do Coração Selvagem", que retrata uma visão interiorizada do mundo da adolescência, e teve calorosa acolhida da crítica, recebendo o Prêmio Graça Aranha.
Clarice Lispector acompanha seu marido em viagens, na carreira de Diplomata no Ministério das Relações Exteriores. Em sua primeira viagem para Nápoles, Clarice trabalha como voluntária de assistente de enfermagem no hospital da Força Expedicionária Brasileira. Também morou na Inglaterra, Estados Unidos e Suíça, sempre acompanhando seu marido.
Em 1948 nasce na Suíça seu primeiro filho, Pedro, e em 1953 nasce nos Estados Unidos o segundo filho, Paulo. Em 1959 Clarice se separa do marido e retorna ao Rio de Janeiro, com os filhos. Logo começa a trabalhar no Jornal Correio da Manhã, assumindo a coluna Correio Feminino. Em 1960 trabalha no Diário da Noite com a coluna Só Para Mulheres, e lança "Laços de Família", livro de contos, que recebe o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro. Em 1961 publica "A Maçã no Escuro" pelo qual recebe o prêmio de melhor livro do ano em 1962.
Clarice Lispector sofre várias queimaduras no corpo e na mão direita, quando dorme com um cigarro aceso, em 1966. Passa por várias cirurgias e vive isolada, sempre escrevendo. No ano seguinte publica crônicas no Jornal do Brasil e lança "O Mistério do Coelho Pensante". Passa a integrar o Conselho Consultivo do Instituto Nacional do Livro. Em 1969 já tinha perto de doze volumes publicados. Recebeu o prêmio do X Concurso Literário Nacional de Brasília.
A melhor prosa da autora se mostra nos contos de "Laços de Família" (1960) e de "A Legião Estrangeira" (1964). Em obras como "A Maçã no Escuro" (1961), "A Paixão Segundo G.H." (1961) e "Água-Viva" (1973), os personagens, alienados e em busca de um sentido para a vida, adquirem gradualmente consciência de si mesmos e aceitam seu lugar num universo arbitrário e eterno.
Clarice Lispector, escreveu "Hora da Estrela" em 1977, onde conta a história de Macabéa, moça do interior em busca de sobreviver na cidade grande. A versão cinematográfica desse romance, dirigida por Suzana Amaral em 1985, conquistou os maiores prêmios do festival de cinema de Brasília e deu à atriz Marcélia Cartaxo, que fez o papel principal, o troféu Urso de Prata em Berlim em 1986.
Clarice Lispector morreu no Rio de Janeiro em 9 de dezembro de 1977. de câncer no ovário e foi enterrada no cemitério Israelita do Caju.
O enredo tem importância secundária. As ações - quando ocorrem - destinam-se a ilustrar características psicológicas das personagens. São comuns em Clarice histórias sem começo, meio ou fim. Por isso, ela se dizia, mais que uma escritora, uma "sentidora", porque registrava em palavras aquilo que sentia. Mais que histórias, seus livros apresentam impressões.
Predomina em suas obras o tempo psicológico, visto que o narrador segue o fluxo do pensamento e o monólogo interior das personagens. Logo, o enredo pode fragmentar-se. O espaço exterior também tem importância secundária, uma vez que a narrativa concentra-se no espaço mental das personagens. Características físicas das personagens ficam em segundo plano. Muitas personagens não apresentam sequer nome.
As personagens criadas por Clarice Lispector descobrem-se num mundo absurdo; esta descoberta dá-se normalmente diante de um fato inusitado - pelo menos inusitado para a personagem. Aí ocorre a “epifania”, classificado como o momento em que a personagem sente uma luz iluminadora de sua consciência e que a fará despertar para a vida e situações a ela pertencentes que em outra instância não fariam a menor diferença.
Esse fato provoca um desequilíbrio interior que mudará a vida da personagem para sempre.
Para Clarice, "Não é fácil escrever. É duro quebrar rochas. Mas voam faíscas e lascas como aços espelhados". "Mas já que se há de escrever, que ao menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas". "Minha liberdade é escrever. A palavra é o meu domínio sobre o mundo."
Romances:
Perto do Coração Selvagem, RJ, A Noite, 1944.
O Lustre, RJ, Agir, 1946.
A Cidade Sitiada, A Noite, 1949.
A Maçã no Escuro, RJ, Francisco Alves, 1961.
A Paixão Segundo G.H., RJ, Francisco Alves, 1964.
Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres, RJ, Sabiá, 1969.
A Hora da Estrela, RJ, José Olympio, 1977.
Contos e crônicas:
Laços de Família, RJ, Francisco Alves, 1960.
A Legião Estrangeira, RJ, Ed. do Autor, 1964.
Felicidade Clandestina, RJ, Sabiá, 1971.
A Imitação da Rosa, RJ, Artenova, 1973.
A Via-Crucis do Corpo, RJ, Artenova, 1974.
A Bela e a Fera, RJ, Nova Fronteira, 1979.
Literatura infantil:
Mistério do Coelho Pensante, RJ, J. Álvaro, 1967.
A Vida Íntima de Laura, RJ, Sabiá, 1974.
A Mulher que Matou os Peixes, RJ, Sabiá, 1969.
Quase de Verdade, RJ, Rocco, 1978.
FONTE:
http://www.e-biografias.net/clarice_lispector/
http://www.brasilescola.com/biografia/clarice-lispector.htm
terça-feira, 17 de julho de 2012
REENCONTRO
De repente o reencontro...
As intenções se separam dos gestos, os sonhos permanecem inalcansáveis, as lembranças guardam-se como papéis amarelecidos.
Quando muito jovem, grandes projetos imaginei. Foram todos modificados.
Imaginava amar muitas mulheres e delas desfrutar do amor maior dos seres.
Povoaram muitas de minhas noites mal dormidas, preenchendo poemas inacabados, com nomes que escolhia à revelia, numa cumplicidade inconsciente.
Nem amei, nem fui amado. A que quis amar, desapareceu entre uma ou outra crise existencial das muitas que vivi.
A que amo não está comigo. Encontra-se distante, tanto quanto estava quando não a conhecia.
Fui impetuoso muitas vezes e omisso em outras tantas. Porém se confunde em minha mente qual delas teria sido mais importante.
Nos olhos que já viram tanto, descobri por vezes, boas intenções, em outras, maldades que desconhecia
Da boca, palavras escolhidas dediquei a quem só queria ouvir qualquer coisa e muitas vezes emudeci àquelas que precisavam ouvir de mim, algo simples e descomplicado.
Imaginei-me um homem quando ainda vivia minha imaturidade e descobri que somente se consegue alcançar a felicidade, se conseguirmos atender nossos sentimentos mais profundos.
Desesperanças, desencontros...
Quantas foram minhas buscas até aqui? Quanto vi? Quanto falei? Quanto amei até aqui?
Só uma coisa me desespera.
Quantos sonhos deixei de sonhar por querer ficar atento ao mundo, medindo cada passo, como o que contasse fosse a distância percorrida. Quantos sonhos eu deixei de sonhar apenas por achar que um homem verdadeiro se mantém acordado pra vida, sendo cada vez mais adulto, esquecendo da beleza de ainda ter a inocência de um menino.
Edson Luiz de Mello Borges
terça-feira, 17 de abril de 2012
sábado, 17 de março de 2012
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
RECONSTRUÇÃO
Momento estranho!
Todas as respostas que julguei ter já não explicam minhas inquietações. Descobri que todas as minhas convicções estavam ligadas e dependentes do meu equilibrio emocional e que minha segurança racional apenas me permite ter ações de efeito imediato, rápidas e cirúrgicas para que se tenha mais tempo para se viver a solidão.
Meu desinteresse em coisas consecutivas, toma uma dimensão inesperada e me vejo vivendo um momento em que minhas respostas já não me satisfazem. Cada novo movimento, parece ter um significado desconhecido. Perdi o equilíbrio e tenho sentido uma tendência enorme para viver um lado depressivo que nunca imaginei.
Descubro que o amor é eterno exatamente como disse o poeta e que as lembranças de coisas vividas por amor, ficam mais intensas na solidão.
Me deparo com estrada nova e os passos que preciso dar, embora lentos, vão me levando por caminhos que desconhecia. Cicatrizes vão se formando e incontinente, o tempo realmente provoca a cura.
Estou me reconstruindo e cada novo movimento vai fortalecendo o próximo passo. Os olhos que antes fechavam marejados, já passam mais tempo procurando pontos perdidos no horizonte. Conscientemente já não abro cicatrizes procurando uma gota a mais de dor e sofrimento. Deixo-as quietas para criarem rigidez em suas cascas.
Todas as respostas que julguei ter já não explicam minhas inquietações. Descobri que todas as minhas convicções estavam ligadas e dependentes do meu equilibrio emocional e que minha segurança racional apenas me permite ter ações de efeito imediato, rápidas e cirúrgicas para que se tenha mais tempo para se viver a solidão.
Meu desinteresse em coisas consecutivas, toma uma dimensão inesperada e me vejo vivendo um momento em que minhas respostas já não me satisfazem. Cada novo movimento, parece ter um significado desconhecido. Perdi o equilíbrio e tenho sentido uma tendência enorme para viver um lado depressivo que nunca imaginei.
Descubro que o amor é eterno exatamente como disse o poeta e que as lembranças de coisas vividas por amor, ficam mais intensas na solidão.
Me deparo com estrada nova e os passos que preciso dar, embora lentos, vão me levando por caminhos que desconhecia. Cicatrizes vão se formando e incontinente, o tempo realmente provoca a cura.
Estou me reconstruindo e cada novo movimento vai fortalecendo o próximo passo. Os olhos que antes fechavam marejados, já passam mais tempo procurando pontos perdidos no horizonte. Conscientemente já não abro cicatrizes procurando uma gota a mais de dor e sofrimento. Deixo-as quietas para criarem rigidez em suas cascas.
Edson Luiz de Mello Borges
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
sábado, 14 de janeiro de 2012
PRIMEIROS PASSOS
Tal como uma criança, arrisco os meus primeiros passos numa jornada desconhecida, o que por si, já é suficientemente instigante para continuar.
Mostrar o que penso e o que entendo sobre o mundo em que vivo, será sempre um desafio, principalmente por saber que ao torná-lo público, estarei sujeito a todas as críticas e contestações que alguém que se aventura nesse caminho, invariavelmente deve receber. Por outro lado, imaginar que posso causar admiração nas pessoas me incentiva a manter-me nesse rumo.
Minha vontade é aproveitar essa evolução da comunicação humana proporcionada pela mágica da rede mundial, criando um espaço novo, onde meus pensamentos possam ser apresentados e compartilhados com as pessoas que se sentirem atraídas a isso.
Quero ter simplicidade em falar sobre o mundo onde vivo, sem me prender a nenhuma corrente ou ideologia. Apenas extrair de dentro de mim, os fragmentos da maturidade que a vida me deu, repleta de tentativas, erros, acertos e reconstruções. Mexer com as minhas convicções e apresentá-las tal como são, sem falsos pudores.
Quero fazer uma viagem por caminhos onde nunca estive e questionar o mundo, se preciso for, com a certeza de que haverão outras pessoas ávidas em mostrar verdades que eu ainda não vi. Construir gradativamente um meio de ligação com pessoas que também entendem a necessidade de se questionar, mesmo aquilo que parece inquestionável.
Enfim, mesmo indecisos e sem precisão, estes são os primeiros passos de alguém que acaba de nascer para esse mundo novo.
Aos que me acompanharem nesse caminho, desejo uma boa viagem.
Mostrar o que penso e o que entendo sobre o mundo em que vivo, será sempre um desafio, principalmente por saber que ao torná-lo público, estarei sujeito a todas as críticas e contestações que alguém que se aventura nesse caminho, invariavelmente deve receber. Por outro lado, imaginar que posso causar admiração nas pessoas me incentiva a manter-me nesse rumo.
Minha vontade é aproveitar essa evolução da comunicação humana proporcionada pela mágica da rede mundial, criando um espaço novo, onde meus pensamentos possam ser apresentados e compartilhados com as pessoas que se sentirem atraídas a isso.
Quero ter simplicidade em falar sobre o mundo onde vivo, sem me prender a nenhuma corrente ou ideologia. Apenas extrair de dentro de mim, os fragmentos da maturidade que a vida me deu, repleta de tentativas, erros, acertos e reconstruções. Mexer com as minhas convicções e apresentá-las tal como são, sem falsos pudores.
Quero fazer uma viagem por caminhos onde nunca estive e questionar o mundo, se preciso for, com a certeza de que haverão outras pessoas ávidas em mostrar verdades que eu ainda não vi. Construir gradativamente um meio de ligação com pessoas que também entendem a necessidade de se questionar, mesmo aquilo que parece inquestionável.
Enfim, mesmo indecisos e sem precisão, estes são os primeiros passos de alguém que acaba de nascer para esse mundo novo.
Aos que me acompanharem nesse caminho, desejo uma boa viagem.
Edson Luiz de Mello Borges
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